A empresa alemã Smartbook AG começou a correr atrás de empresas e
sites que usam o termo “smartbook” para se referir a
uma categoria de dispositivos híbridos entre netbooks e
smartphones. Parece que a guerra entre Psion e Intel, travada no
final do ano passado pelo direito de usar o termo
“netbook” em referência a computadores portáteis, está
prestes a se repetir com novos combatentes. A empresa alemã
Smartbook AG começou a correr atrás de empresas e sites que usam o
termo “smartbook” para se referir a uma categoria de
dispositivos híbridos entre netbooks e smartphones, que estão
começando a chegar ao mercado. O termo foi proposto pela Qualcomm,
empresa que fabrica processadores e módulos de comunicação usados
neste tipo de aparelho. O problema é que ele é marca registrada da
Smartbook AG, que o usa como nome de uma linha de portáteis pelo
menos desde 2006, muito antes do conceito “moderno” de
smartbook sequer existir. Na Alemanha, uma decisão judicial proíbe
a Qualcomm de usar o termo sob pena de multa diária de 250 mil
Euros enquanto a infração per sistir. Não satisfeita com a vitória
em casa, a Smartbook AG registrou o termo em vários outros países
da Europa e Ásia, e agora está
começando
a ir atrás de sites que usam o termo com o significado proposto
pela Qualcomm. Sites de tecnologia como Netbooknews e Tweaktown,
entre outros, receberam cartas do departamento jurídico da empresa
alemã, pedindo a remoção de qualquer menção ao termo Smartbook que
não em conexão com seus produtos em um prazo de duas semanas.
Segundo a Smartbook AG, o uso indevido do termo “dilui”
o valor de sua marca e causa “confusão” entre os
consumidores. Apesar de baseados nos EUA, muitos sites como o EE
Times estão optando por cumprir o que lhes é pedido, talvez
“por via das dúvidas”. No Brasil, não há notícias,
ainda, de sites que receberam um aviso semelhante. Mas segundo o
site
TechCrunch, tamanha agressividade na defesa de uma marca
praticamente desconhecida até hoje pode ter um outro motivo:
dinheiro. Em uma entrevista à Forbes, Steffen Wilde, conselheiro da
Smartbook AG, afirmou que a empresa poderia . Ou seja, o barulho seria apenas uma forma de aumentar a
visibilidade e valor da marca e rezar para que alguém, como a
Qualcomm, faça uma boa oferta. Vale lembrar que o caso entre Psion
e Intel, depois de muito barulho, foi resolvido quando as duas
empresas assinaram um acordo. Detalhes não foram divulgados, mas
com certeza somas de dinheiro trocaram de mãos. Quanto tempo levará
até este novo capítulo da “guerra das marcas” ter fim
similar?
Fonte