quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Campanha antipornografia da China vai se estender até maio


A mais recente campanha do governo chinês contra a pornografia na
Internet e em sites para celulares vai continuar até maio do ano
que vem, e a ênfase estará em dissolver as estruturas de negócios
que sustentam os sites, anunciou a agência de notícias Xinhua, na
quarta-feira. Uma campanha de combate à pornografia lançada alguns
meses atrás terminou por fechar também muitos sites com conteúdo
politicamente delicado ou que simplesmente ofereciam conteúdo
gerado pelos usuários, como parte do que muitos entendem como novo
esforço do governo chinês para reafirmar o controle sobre as novas
mídias e o potencial que oferecem aos cidadãos para que se
organizem e troquem informações. O site de um jornal chinês
publicado em inglês, o Lianhe Zaobao, da Singapore Press Holding,
foi bloqueado esta semana na China depois de publicar um artigo
sobre o aperto do controle chinês sobre a Internet. O governo vai
apresentar um anteprojeto de regulamentação dos sites WAP, que
oferecem serviço de Internet a celulares, antes de março do ano que
vem, disse a Xinhua, mencionando um comunicado do gabinete central
do governo para o combate a publicações ilegais e pornografia. O
comunicado ainda não foi divulgado publicamente. Durante a
campanha, o governo tornará mais difícil registrar sites WAP e
verificará as informações usadas para registro, segundo o
comunicado. O objetivo é "romper a cadeia de interesses por trás
dos sites WAP pornográficos", entre os quais os serviços externos
de pagamentos, e esclarecer as responsabilidades de sites, empresas
de telecomunicações, provedores de acesso e provedores de conteúdo
no combate à pornografia, dizia o texto, de acordo com a agência de
notícias Xinhua. Os sites WAP também estarão proibidos de montar um
sistema de autorização de acesso que permita que escapem à
regulamentação, segundo o comunicado. Os protestos generalizados
ocorridos no Irã alguns meses atrás alertaram a China quanto ao
potencial de uso da mídia social por dissidentes e manifestantes
que desejem difundir suas mensagens. O YouTube, do Google, está
bloqueado desde março, quando um filme de um exilado tibetano
documentando os ferimentos e a morte de um manifestante no Tibete
foi divulgado no site de vídeo.
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