segunda-feira, 22 de março de 2010

Chávez diz ser a favor da Internet e nega plano de censura


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, negou neste domingo que
planeja censurar ou limitar a Internet na Venezuela, dizendo que o
uso da Web aumentou mais de nove vezes durante seu mandato, que já
superou uma década. O líder esquerdista pediu há uma semana maior
controle sobre a Internet, causando protestos da oposição e de
grupos que defendem a liberdade de informação. Alguns críticos
disseram que ele planeja realizar controles similares aos
praticados pelos aliados Cuba, China e Irã. Mas Chávez, discursando
em seu programa televisivo semanal "Aló Presidente!", negou as
acusações e disse que estava meramente pedindo controles sobre o
uso ilegal da Web, similares aos de outras nações que combatem o
crime cibernético. O número de assinantes de Internet aumentou de
274 mil em 2000 para 585 mil no final de 2009, disse Chávez,
enquanto o número de usuários cresceu mais de nove vezes no mesmo
período, de 820 mil para 7,5 milhões. "Ninguém menciona isso. Ao
contrário, as notícias voam pelo mundo dizendo que vamos acabar com
a Internet, que vamos restringir o serviço", afirmou Chávez durante
uma cerimônia para inaugurar um serviço de Web livre para uma
comunidade. "É mentira, claro." Chávez disse que um recente
noticiário sobre a morte de dois aliados e os pedidos para um golpe
contra ele foram os fatos que instigaram sua preocupação sobre o
uso da Internet na Venezuela. Um usuário do site de notícias
Noticierodigital disse incorretamente neste mês que um importante
ministro tinha sido assassinado, fazendo alguns outros sites da
Venezuela bloquearem comentários de leitores e aumentarem o
controle interno. No polarizado ambiente político venezuelano, os
inimigos de Chávez se voltam cada vez mais para os sites de
relacionamento para organizar protestos e outras atividades da
oposição. "A Internet é uma trincheira na luta, porque há uma
conspiração atualmente se construindo. É como se eles tivessem uma
arma, um canhão", afirmou Chávez. Chávez pediu aos seus partidários
que se tornem, também, "soldados" na Internet. O fechamento de
algumas emissoras de rádio por parte do presidente, a recusa de
renovar a licença do canal de televisão RCTV e a pressão sobre
outra rede pró-oposição, a Globovision, são provas de que o
presidente quer abafar as críticas, segundo especialistas. Eles
afirmam que essas atitudes são parte de uma corrente das práticas
ditatoriais de Chávez, que substituiu Fidel Castro, de Cuba, como o
maior crítico dos Estados Unidos na América Latina.
Fonte IG Tecnologia

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